quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dilma recebe 5.344 assinaturas pedindo 40 h e reforma agrária

Ao final do comício do Sambódromo em São Paulo, no último dia 27, a candidata do PT à Presidência da República, recebeu uma Carta (abaixo) pedindo o compromisso com a atualização dos índices de produtividade da terra, para efeito de reforma agrária, e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário.
A Carta é encabeçada por 9 deputados federais atuais e 8 deputados estaduais, além de dezenas de candidatos, dirigentes sindicais, populares e do PT, somando 5.344 adesões de militantes de 14 Estados do país.
Num rápido encontro, Misa Boito, candidata a deputada federal pelo PT em SP, entregou a Dilma em mãos, o volume das assinaturas de todo o Brasil. Ela explicou "que são companheiros do PT que lutando pela vitória do voto 13 querem ver atendidas reivindicações urgentes; ao adotá-las, a futura presidente terá todo apoio do povo trabalhador”.
Dilma recebeu a carta e disse "vou estudar".
Misa ainda entregou a pedido uma carta de 290 ferroviários de Pernambuco demitidos da ex-RFFSA perguntando “se eram reivindicações” se comprometeu a ler.

Carta a candidata do PT a Presidente, Dilma Roussef:

• PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO PARA 40 HORAS SEM REDUÇÃO DE SALÁRIO

• PELA ATUALIZAÇÃO DO ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DA TERRA PARA REFORMA AGRÁRIA

Cara companheira,
Estamos juntos na batalha pela vitória do PT, para impedir a volta dos tucanos e conquistar direitos. Sabemos que é uma batalha difícil, como mostram os ataques de todo o tipo contra o PT e a sua candidatura, e as pressões dos adversários contra bandeiras históricas nossas como:
• A atualização do índice de produtividade da terra, para desapropriar fazendas improdutivas para assentar os sem-terra.
• O projeto de lei de redução da jorrnada de trabalho para 40 horas.
Companheira,

Foram divulgadas declarações a você atribuídas negando estas bandeiras.
Não entendemos isso! Afinal, estas duas reivindicações, pelas quais lutam a CONTAG, o MST, a CUT e os sindicatos em geral, são também decisões de plataforma de governo do 4º Congresso do PT.

Nós queremos vencer. Essas duas reivindicações urgentes tem amplo apoio do povo trabalhador do campo e da cidade, hoje uma verdadeira necessidade para a nação brasileira.
Por isso, nos dirigimos a você, companheira, para que as assuma!

7 de Setembro de 2010.

ASSINAM Candidatos a deputado federal Fernando Ferro, líder da bancada, João Paulo, coordenador político Dilma Presidente, Fernando Nascimento e Mauricio Rands (PE); Maria do Rosário (RS) e Marcon (RS); Misa Boito e Renato Simões (SP), Luiz Couto (PB) Joaquim (DF), Jadson (AL), Pedro Uczai (SC), Emiliano, Valmir Assunção, Sérgio Carneiro e Joseph Bandeira (BA), Edilson (MT), Ilário e Artur Bruno(CE), Iran Barbosa (SE), Roni Barbosa e Paixão (PR);

Candidatos a deputado estadual Matu, Jorge Parada e Irene (SP), Edmilson Menezes, Fábio Barros, Rogério, Edvalmir e Múcio (PE), Denise Goulart e Nestor (RS), Lúdio (MT), Labenert (MG), Battisti, Lino e Prof. Vieira (SC), Marialvo, Vânia Galvão, Marcelino Galo e Eduardo França (BA), Izac Jacson (AL), Marinilson, Fernanda e Peron Japiassu (PB), Carlão (DF), Raquel (CE), Lemos, Cândido, Tadeu Veneri, Florisvaldo de Souza, Pedro Paulo, Adauto e Maria Prybicz (PR), Bernardo (RN,) Paulão (AL) e Bira (MA);

Dirigentes: João Moraes (FUP), Marlei Carvalho (APP-PR), Regina Cruz (CUT-PR), Roberto Van der Osten (tesoureiro CONTRAF), Marcelo Fiório, (secretario organização CUT-SP), Jorge Perez (presidente PT-PE), Enio Verri (presidente PT-PR), Jonas Paulo (presidente PT-BA), Joaquim Brito (presidente PT-AL candidato a vice-governador) e José Dirceu (membro DN-PT).

sábado, 11 de setembro de 2010

Menos Estado? Não, obrigada!

Precisamos de mais serviços públicos, escolas, professores, funcionários, educação, médicos e hospitais.

A Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC), entidade dos empresários da região, lançou recentemente um panfleto “pela valorização da democracia”. Ele chama o voto em candidatos com origem na região a partir de pontos de um duvidoso programa.
Esclarecemos que nossa candidatura, apesar de ter origem na cidade de Estrela, em nenhum momento foi consultada. E, mesmo que o fosse, não firmaríamos compromisso com o documento.

Soa estranho, numa disputa polarizada como esta, onde estão em jogo questões nacionais e estaduais, tentar regionalizar as eleições. Tal movimento só serve para confundir a população, pois os problemas que enfrentamos no do Vale do Taquari não são diferentes do resto do Brasil.

Precisamos eleger candidatos que tenham o compromisso com as necessidades urgentes dos trabalhadores como, por exemplo, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, que tramita há mais de 15 anos no Congresso Nacional, bandeira da CUT e do PT. Assim como parlamentares e governos comprometidos com a implantação da lei do piso nacional para professores e funcionários de escola.

Compromissada com estas reivindicações, não posso concordar com a posição da CIC de “menos Estado”. Ao contrário, precisamos de mais Estado, mais serviços públicos de qualidade. Queremos trabalhadores bem remunerados e a ampliação dos direitos dos trabalhadores.

Essas são as verdadeiras questões que estão em jogo nessas eleições. Vamos eleger Dilma e Tarso para fazer o que ainda não foi feito. No dia 3 de outubro, Vote, PT, Vote 13.

Profª. Denise Goulart

Deputada Estadual PT/RS - 13200

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Drogas: um problema incontornável?

A epidemia de drogas, sobretudo na juventude, é um triste fato. Nas escolas e comunidades isso se demonstra cotidianamente. Não há dúvidas de que elas são um elemento destrutivo em todos os aspectos, seja pelo uso ou pelo caminho do tráfico e da violência. Muito longe de ser uma questão de escolha individual, é um problema social e de saúde pública.

Existem os que apresentam essa realidade como irreversível, incontornável. Para os mesmos restaria apenas reduzir os danos. Fazer um uso “controlado”, como se isso fosse possível. Formulação usada para defender a política de legalização ou descriminalização das drogas. Nessa lógica se trata de torná-las um mercado legal à custa da destruição humana.

Será mesmo uma realidade social imutável?

Dizer que o problema das drogas é incontornável é afirmar que o sucateamento da saúde e da educação públicas é irreversível. É negar o acesso ao emprego digno, à instrução e à cultura. É tirar a responsabilidade do Estado nessas questões. O que essa postura esconde são as reais demandas e necessidades da juventude. A droga se instala quando falta emprego, seu consumo aumenta aonde os serviços públicos não chegam e permanece onde não há perspectiva de um futuro. O tráfico não é um Estado paralelo, mas a ausência do mesmo!

Negar os direitos básicos é deixar a juventude a mercê de duas horrendas saídas: as drogas ou a repressão. A solução não passa pela legalização das drogas nem tampouco pela repressão ao usuário. A única resposta positiva é dar à juventude pleno acesso ao emprego, à saúde e à educação públicas, ao esporte e à arte. Uma verdadeira política de dano zero!

Profª. Denise Goulart